Por Vera Rigo

Por Vera Rigo
"Vamos viajar no mundo das histórias Infantis!"

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pessoal!


Olá!

Volto em seguida!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Dedoches

OS FANTOCHES

Basta observar a fisionomia das crianças assistindo a um teatrinho de fantoches para verificar como este tipo de brinquedo é fascinante para elas.
Fantoches de cara, de mão, de dedo, são sempre excelentes estimuladores da imaginação e da linguagem. Facilitando a concretização das fantasias e a expressão dos mais íntimos e até desconhecidos sentimentos, os bonecos manipuláveis atraem a atenção e encantam a criança.
Proporcionam o prazer de dar vidas e voz a animais e a bonecos. Através de um fantoche pode ser superada uma timidez que dificultava a comunicação e podem ser expressos sentimentos antes dificeís de comunicar, porque ela passa a ser o foco da atenção ao invés da criança que o manipula.
O processo criativo que envolve a manipulação de fantoches estimula também o desenvolvimento da linguagem e do pensamento. Faz com que a criança aprenda a tomar decisões e a expressar-se.
Quando as crianças brincam com fantoches extravasam emoções e manifestam sentimentos que talvez não se autorizem a expressar diretamente; quando os adultos os manipulam têm em suas mãos um recurso mágico, de fácil penetração no mundo infantil.

CONFECÇÃO DE FANTOCHES
A confecção de fantoches é uma atividade divertida e criativa, que vai acrescentar ao prazer de manipulá-los o prazer de os haver criado.
Desde um lenço amarrado no dedo indicador até os mais elaborados, feitos com massa de papel machê, há um grande número de possibilidades.
Garrafas de plástico vestidas com retalhos de pano ou cortadas longitudinalmente para fazer a grande boca do jacaré, são algumas idéias que podem ser facilmente postas em prática.

Este material consta no poligrafo das oficinas de contação de histórias organizado por mim! Vera Rigo


Retornando!

Olá amiga estou de volta!
Vou deixar uma sugestão de atividades com fantoches dedoches! Você mesma pode confeccionar com qualquer material (feltro, tecido, EVA ) Use sua criatividade!

Abração!

sábado, 6 de junho de 2009

Blogs


Olá estou deixando duas dicas de blogs para vocês visitarem! Muitas sugestões de atividades e projetos bem legais!

Espero que gostem!!!

Beijão!
Sala de aula:



Um ótimo fim de semana!!!

sábado, 30 de maio de 2009

Dica de livro para o professor!



Sugestão !!!

Literatura Infantil
Teoria e Prática
Autora: Maria Antonieta Antunes Cunha
Editora: Ática
VERA RIGO

História: A Casa Sonolenta -Sugestão de Planejamento




Olá Estou postando para vocês, uma sugestão de planejamento, poderão preparar mais atividades criativas para seus alunos. Espero que gostem!


PLANEJAMENTO DA HORA DO CONTO

1) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO LIVRO
NOME DA HISTÓRIA: A Casa sonolenta
NOME DO AUTOR: Audrey Wood
EDITORA: Ática
NÍVEL: Maternal, Jardim

2) MOTIVAÇÃO: Motivar os alunos cantando a música “A Casa” (Era uma casa muito engraçada ). Enquanto as crianças vão cantando, acomodam-se em almofadas, formando um semi-círculo.

3) A HISTÓRIA: Contar a história com o uso do livro, mostrando as gravuras. Recontar a história com o auxílio das crianças, usando a técnica do avental. (confeccionar os personagegens para usar no avental)


4) DISCUSSÃO DE IDÉIAS: Na discussão de idéias com as crianças, algumas das perguntas que poderão ser usadas:
- Que tipos de casas vocês conhecem? (trabalhar a cidadania/sociedade)
- Que outro nome poderíamos dar para a história? (listagem de nomes)
- O que será que o menino, a vovó e os outros personagens da história faziam, depois que acordavam?(explorar a rotina vivida pelas pessoas, comparando com a rotina dos personagens que não aparece na história)
- Qual a parte da história que você achou mais interessante, divertida, triste, chata? Por quê? (Cada criança terá a vez de expressar seus sentimentos quanto a história).

5) ATIVIDADES DE ENCERRAMENTO
a) Dobradura (confecção do livro em que eles serão os ilustradores): fazer a dobradura da casa e desenhar os diferentes ambientes da casa (quarto, sala, cozinha, etc.)
b) Confeccionar máscaras dos personagens da história e dramatizá-la.
c) Desenhar em um grande pedaço de papel pardo uma casa e pedir que todos ilustrem uma parte da história. Expor este cartaz no cantinho da leitura.
d) Fazer um Fantoche da Vovó: os alunos poderão brincar de entrevistar o personagem.




Professora Vera Regina Rigo

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Poesia



CAIXA MÁGICA SURPRESA

Elias José

"Um livro é uma beleza,
é caixa mágica
só de surpresa.

Um livro
parece mudo,
mas nele a gente
descobre tudo.

Um livro tem asas longas
e leves que de repente,
levam a gente longe, longe.
Um livro é parque de diversões

cheios de sonhos coloridos ,
cheio de doces sortidos,
cheio de luzes e balões.

Um livro é uma floresta
com folhas e flores e bichos e cores.
É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,

um navio pirata no mar,
um foguete perdido no ar,
é amigo e companheiro."

Um livro é realmente algo especial. Nele cabe mais do que se possa imaginar. Ou melhor, tudo que se quiser imaginar.
Trabalhar para que as crianças se apaixonem por livros é nossa função e prazer .
Além dos livros da Biblioteca da escola, que devemos usar diariamente, podemos montar uma Biblioteca de sala, com os livros das próprias crianças trazidos de casa como doação.
Levar para casa o livro trazido por seu amigo ganha um novo peso: o do afeto. Parece até maior a responsabilidade, mesmo que continue sendo a mesma.

Um abração e um ótimo fim de semana a todas!

A HORA DO CONTO: Planejamento; Criatividade; Cuidados; Apresentação; Recursos e Técnicas; Sugestões!



A Hora do Conto amplia os horizontes da leitura, tornando a criança consciente da infinidade de livros de diversos temas, gêneros e estilos, capazes de satisfazer suas necessidades individuais e seus gostos ,além de permitir a seleção de obras que mais se ajustem ao seu grau de maturidade psíquica e intelectual.

O sucesso da Hora do Conto depende principalmente quando for dirigida às crianças de fatores como:
- Preparação (Planejamento da história);
- habilidades do narrador;
- preparação do ambiente;
- preparo dos ouvintes.

COMO PLANEJAR SUA HORA DO CONTO

ELEMENTOS QUE DEVE CONTER:
1-Dados de Identificação: nome da história, nome do autor, ilustrador, editora.
2- Momentos:
- Motivação;
- Leitura do texto ou da história (utilização de técnicas);
- Discussão de idéias (usar perguntas de qualidade, inteligentes, em torno de três perguntas);Atividades criativas (dramatização, desenho livre, recorte e colagem, dobraduras, modelagem, jogos, sucata, narração da história com um final diferente, cantos e canções folclóricas, construção de maquetes, jograis, confecção de livros de papel ou pano reproduzindo ou criando histórias, etc.).

Para contar histórias sempre são necessários alguns cuidados:
- Lugar tranqüilo;
- Todos devem estar bem acomodados, sentados em tapetes ou em almofadas, formando um semi-círculo, para que todos consigam igualmente ver o material escolhido;
- É importante ajustar o tom de voz;
o professor precisa conhecer a história e gostar dela, para contá-la com emoção;
- As gravuras devem ser apresentadas uma de cada vez, pela ordem;
- As histórias que mais agradam podem ser repetidas várias vezes, desde que solicitadas;
se aparecerem palavras que não são conhecidas, podem ser introduzidas naturalmente, com uma explicação que não interrompa a narrativa.

Ao contar histórias, o professor estará desenvolvendo:
- Imaginação;
- Criatividade;
- Curiosidade;
- Emoções (tristeza, raiva, etc.);
- Atenção;
- Gosto pela leitura;
- Vocabulário (linguagem);
- Noção de seqüência;
- Raciocínio;descoberta de outros lugares, tempos, jeitos de agir e de ser, outra ética;

Sendo um dos principais estímulo à leitura, a Hora do Conto oportuniza às crianças que dela participam:
- Estabelecer uma ligação entre fantasia e realidade;
- Sentir-se instigada a procurar soluções para problemas apontados ou vivenciados pelos personagens;
- Ler por prazer; Desenvolver o gosto e/ou habilidades artísticas.

APRESENTAÇÃO DAS HISTÓRIAS
As histórias podem se apresentar de três maneiras:
- Sem texto: a idéia é apresentada somente a partir de gravuras e ilustrações. Fazem com que a criança exercite sua criatividade, expressão oral e desinibição.
- Narrativas (prosa): buscar não ater-se ao texto única e exclusivamente, mas estudar a história, captar sua mensagem, apreender a emoção nela contida e que ele deverá transmitir, respeitando a seqüências de seus elementos essenciais: introdução, enredo e desfecho. A narrativa pode ocorrer de forma:
- Simples;
- Com o livro;
- Com interferência do narrador ou do ouvinte;
- Com recursos visuais.

Poesias: o texto, além da história em si, segue uma sonoridade e ritmo que exigem do leitor uma atenção e fixação àquilo que está escrito, como forma complementar ao sentido lógico do enredo.
SUGESTÃO DE histórias com POESIAS:
Para Educação Infantil:
História: A onça e o saci
Autor: Pedro Bandeira
Editora:Moderna

Para Anos iniciais:
História: Classificados poéticos
Autora: Roseana Murray
Editora :Miguilim

TÉCNICAS QUE PODEM SER USADAS PARA CONTAR HISTÓRIAS

- O próprio livro;
- Ilustrações;
- Flanelógrafo;
- Avental e expressão corporal;
- Álbum seriado;
- Quadro de pregas;
- Quadro-negro;
- Retroprojetor;Televisão de caixa ou cineminha;
- Caixa de histórias;
- Teatro ( fantoches de vara, dedo, mão, papel, sombras, etc.);O palco para apresentação de teatro de bonecos pode ser improvisado, caso não esteja disponível o palco tradicional, feito em madeira. Neste caso, a imaginação fará com que uma porta, um sofá, uma janela, duas árvores próximas, caixas de papelão, etc... sirvam como substituto).


SUGESTÕES DE PLANEJAMENTO DE HISTÓRIAS PARA A HORA DO CONTO


1- HISTÓRIA: CARINHOS QUENTES (texto)
AUTORA: CLAUDETE STEINER (TRADUTORA E ADPATADORA)
OBJETIVO: Através da história, levar a criança a compreender a importância da amizade e a necessidade de cultivar amigos distribuindo carinho para as pessoas que estão ao nosso lado.
MATERIAL : Papel colorido, cola tesoura, fitinha ou o próprio papel crepom, papéis em formas diferentes, saco colorido e um saco de plástico.
TURMAS: Jardim A/B – primeiro ano/segundo Ano

2- HISTÓRIA: MEU LIVRO DO FOLCLORE
AUTOR: RICARDO AZEVEDO
EDITORA: ÁTICA
OBJETIVO: Lembrar das coisas boas do nosso folclore através das lendas, ditos populares, contos folclóricos, parlendas, brincadeiras com palavras.
MATERIAL: confeccionar um "Jogo o que é o que é?" (fazer em cartolina como se fossem cartas gigantes)), Leitura das histórias e dramatização
TURMAS: Jardim B – Primeiro Ano/segundo Ano/Terceiro Ano

3- HISTÓRIA: A TURMA DO UTILIXO
AUTOR: NÉLY A . GUERNELLI NUCCI
ILUSTRAÇÕES: SÉRGIO RAMOS
EDITORA:PAULINAS
MATERIAL: A história será contada com a técnica do avental. criar fantoches dos personagens com sucatas, tesouras, papel colorido.TURMAS: Jardim A/B – Primeiro Ano (Para as outras turmas adaptar a história usando outros materiais).

4 - HISTÓRIA: SACI E A RECICLAGEM DO LIXO
AUTOR: SAMUEL MURGEL BRANCO
EDITORA: MODERNA
OBJETIVO: Que o aluno consiga perceber através da história a importância da reciclagem do lixo e a conservação do ambiente em que vivemos.
MATERIAL: Construção de uma maquete, boneco saci, dobraduras: Caixas de leite, papel pardo, rolinhos de papel higiênico, papel crepom, isopor grande ou cartolina, papel para dobradura, pauzinhos de picolé. Como sugestão pode -se confeccionar um saci grande.TURMAS : segundo Ano/terceiro Ano - Para as outras turmas adaptar a história usando outros materiais.

5- HISTÓRIA : A ARCA DE NOÉ
AUTORA: RUTH ROCHA
EDITORA: MODERNA
OBJETIVO: Levar a criança a perceber e a valorizar a natureza e principalmente a importância de cuidar bem dos animais.
MATERIAL: Papel pardo, canetas coloridas, papel para dobraduras, cartolina para confecção de máscaras, fantoches de dedo.TURMAS: Maternal – Jardim A/B – Primeiro Ano

6- HISTÓRIA: A ESTRELINHA
AUTOR: SUELY MOURA DE OLIVEIRA
EDITORA: SCIPIONE
OBJETIVO: Levar a criança através da história conhecer o sol, lua, estrelas, arco-íris, sendo eles os personagens da história.
MATERIAL E TÉCNICAS: A história será contada com a técnica do avental, dramatização da história, confecção da estrelinha maluca( papel colorido) , pintura no rosto.
TURMAS: Maternal/ jardim/Primeiro Ano

As histórias devem ser adaptadas conforme a criatividade e necessidade de cada professor, estas são apenas sugestões que já foram realizadas e que os alunos gostaram bastante!Deixe sua sugestão para que outras idéias enriqueçam ainda mais nossas salas de aulas!
Se alguém se interessar por realizar uma destas histórias com seus alunos posso enviar com mais detalhes as atividades! Abração!


ALGUMAS SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

1- LIVRO: O MENINO MALUQUINHO
AUTOR: ZIRALDO
EDITORA: Melhoramentos

2- LIVRO: A CASA SONOLENTA
AUTORA: AUDREY WOOD
EDITORA: Ática

3- LIVRO: AS MENTIRAS DE PAULINHO
AUTORA: FERNANDA LOPES DE ALMEIDA
EDITORA: Ática

4- LIVRO: FILÓ E MARIETA
AUTORA: EVA FURNARI
EDITORA: Paulinas

5- LIVRO: SAI PRÁ LÁ, DEDO-DURO
AUTORA: FANNY ABRAMOVICH
EDITORA: Moderna

6- LIVRO: ESCALIBIM, ESCALIBUM
AUTORA: REGINA CARVALHO
EDITORA: Moderna

7- LIVRO: A VASSOURA DA BRUXA
AUTORA: ROSANA RIOS
EDITORA: Moderna

8- LIVRO: O POÇO DA BRUXA
AUTORA: MÁRCIA KUPSTAS
EDITORA: Moderna


Observação: Este material faz parte de um poligrafo foi organizado e confeccionado por Vera Regina da Silva bastos Rigo para as oficinas que ministro no Projeto "Era uma vez".

terça-feira, 26 de maio de 2009

Recurso AVENTAL DE HISTÓRIAS E CAIXA DE HISTÓRIAS

Caixa de histórias
Avental em tecido com Feltro

História - Os Três Porquinhos

Recursos FANTOCHE DE BALÃO

Confecção dos fantoches com balões nas cores dos personagens
Balões coloridos -Fita adesiva transparente, Papel creative Paper colorido ou recicládo,cordão, caneta retropojetor preta.
Livro Os Pingos- Mary França e Eliardo França

Balões coloridos -Fita adesiva transparente, Papel creative Paper colorido ou recicládo,cordão, caneta retropojetor

Desenho no papel colorido das parte do Pingo
Confecção dos fantoches em feltro colorido ( modelo dos Pingos ampliar e reproduzir no feltro)

Modelo para ampliar

sábado, 23 de maio de 2009

BIBLIOTECA NA SALA DE AULA
CANTINHO DAS HISTÓRIAS

ATIVIDADES COM FANTOCHES

continuação do artigo...

Trabalhar com Literatura Infantil traz possibilidades efetivas de associar aspectos cognitivos e emocionais, tornando as linguagens múltiplas a ela ligadas experiências que permitem às crianças desenvolverem sua inteligência, criatividade e sociabilidade. Assim, ela contempla de forma plena os objetivos que a Educação Infantil propõe. Conhecendo toda essa potencialidade, considero urgente transformar isto em práticas que privilegiem a descontração, a alegria e o prazer.
A constante procura de novas informações sobre um tema de conhecida importância é fundamental para o desenvolvimento de um trabalho pedagógico. Esta postura não deve ser diferente quando lidamos com a Literatura Infantil. Aprofundar o embasamento teórico permite ampliar a visão que se tem, descobrindo inúmeras possibilidades de novos temas, enfoques e aplicações. Também a segurança de poder experimentar novas técnicas e realizar uma avaliação qualificada das atividades que foram desenvolvidas é obtida através deste aprofundamento. Isto, por conseqüência, otimizará toda a ação educacional, conforme Kaercher (2001, p.82) destaca:... ... o que iremos ou não fazer com as nossas crianças – no que diz respeito ao trabalho com leitura e literatura – é, fundamentalmente, uma escolha teórica.Uma escolha que estará embasada no modo como concebemos o desenvolvimento da criança e na importância que damos à nossa ação pedagógica diária.
Seja qual for a freqüência com que as atividades de contação de histórias acontecem, uma preocupação para que estes momentos sejam significativos para as crianças e não apenas um “passatempo” ou um “tapa-buraco” na rotina. Atingir este objetivo relaciona-se, sim, com a freqüência, mas não apenas com ela. Como em outras situações (pedagógicas ou não), muitas vezes percebe-se que as professoras debatem-se quanto à dicotomia quantidade x qualidade, com prevalência da quantidade. Tal prevalência, de certa forma, retoma a questão anterior, já que os teóricos da Literatura Infantil preconizam o contato diário com os livros e com as histórias. Abramowicz e Wajskop (2001, p. 68) ilustram isto: O contato das crianças com os livros e as histórias são essenciais. A educadora pode contar e ler histórias. A educadora deve organizar estes momentos. Desde pequenas, as crianças devem ouvir histórias contadas e lidas, assim como devem ser incentivadas a manusear livros
Da mesma forma Kaercher (2001, p. 82-83) assegura:
Portanto, acredito que somente iremos formar crianças que gostem de ler e tenham uma relação prazerosa com a literatura se propiciarmos a elas, desde muito cedo, um contato freqüente e agradável com o objeto livro e com o ato de ouvir e contar histórias, em primeiro lugar e, após, com o conteúdo deste objeto, a história propriamente dita – com seus textos e ilustrações.Isso equivale dizer que tornar o livro parte integrante do dia-a-dia das nossas crianças é o primeiro passo para iniciarmos o processo de sua formação como leitores.
Contar histórias representa sempre um momento de muita criatividade, e esta é compartilhada entre a professora e as crianças que participam. O uso de recursos variados permite que esta cumplicidade criativa se evidencie, já que o contato e o manuseio destes recursos traz para o mundo concreto aquilo que estava antes apenas no imaginário da história. Os fantoches (recurso indicado como favorito entre as professoras) trazem ainda a possibilidade de incorporação de características e ações, não só dos personagens da história, mas também das crianças. Ao compreender estas possibilidades, a professora vai ampliando a diversidade de recursos utilizados e enriquecendo suas atividades. Coelho (2002, p. 46) lembra da importância de escolher adequadamente as técnicas e recursos:
... cada apresentação tem vantagens especiais, corresponde a determinados objetivos e saber escolher o recurso é fundamental. As formas de apresentação devem ser alternadas e definidas, dependendo do local e das circunstâncias.
Especificamente sobre fantoches e bonecos Rios (apud Barcellos e Neves, 1995, p. 65) observa:Construir e manipular bonecos são atividades que proporcionam grande prazer, além de serem fatores de desinibição, integração no grupo social e especificamente dentro da escola constituem estratégia eficaz para o desenvolvimento de habilidades e fixação de conhecimentos multidisciplinares.
O trabalho com a literatura infantil deve representar um desafio do qual todas as educadoras não devem se esquivar, mesmo que haja insegurança sobre como desenvolvê-lo. Este é um tema que pode muito bem ser trabalhado ao longo de todo o ano e de inúmeras discussões entre as professoras.Oliveira (1996, p. 27) , ao afirmar:A literatura infantil deveria estar presente na vida da criança como está o leite em sua mamadeira. Ambos contribuem para o seu desenvolvimento. Um, para o desenvolvimento biológico: outro, para o psicológico, nas suas dimensões afetivas e intelectuais.
A literatura infantil tem uma magia e um encantamento capazes de despertar no leitor todo um potencial criativo.É uma força capaz de transformar a realidade quando trabalhada adequadamente com o educando.
Pretendo, assim, continuar a refletir com vocês no sentido de cada vez mais precisamos compreender e utilizar esta importante dimensão que a literatura infantil traz para a Educação e colaborar neste processo sugerindo um aprofundamento sobre estas temáticas e compartilhar sugestões de livros, histórias e atividades, buscando aprofundar conhecimentos teóricos e traduzi-los em práticas e me disponibilizando para a realização de oficinas sobre literatura infantil em sua instituição . Da troca constante de experiências e da prática diária podem se desenvolver valiosas idéias que, com a participação e envolvimento das crianças e de seus responsáveis, incrementem a ação pedagógica e facilitem atingir as metas educacionais estabelecidas.
É fundamental que nós, educadoras, estejamos constantemente vinculadas à realidade que nos cerca e aos referenciais teóricos que nos auxiliam a interpretar e ressignificar tal realidade. A pesquisa é, assim, elemento necessário de um planejamento, pois promove a reflexão sobre a ação através destes referenciais.
Deixarei sugestões nas próximas postagens de atividades relacionadas a literatura infantil (técnicas,recursos etc) para vocês utilizarem em suas realidades que atuam!

Um grande abraço
Vera Rigo

REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. 5 ed. São Paulo: Scipione, 2001.
ABRAMOWICZ, Anete; WAJSKOP, Gisela. Educação Infantil: Creches – Atividades para Crianças de Zero a Seis Anos. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2001.
BARCELLOS, Gládis Maria Ferrão; NEVES, Iara Conceição Bitencourt. A Hora do Conto: da Fantasia ao Prazer de Ler. Porto Alegre: Sagra-Luzzatto, 1995.
COELHO, Betty. Contar Histórias: Uma Arte sem Idade. 10. ed. São Paulo: Ática, 2002.
KAERCHER, Gládis Elise. E Por Falar em Literatura… In: CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis. (org) Educação Infantil: Pra que te quero? Porto Alegre: ARTMED, 2001.
OLIVEIRA, Maria Alexandre de. Leitura Prazer: Interação Participativa da Criança com a Literatura Infantil na Escola. São Paulo: Paulinas, 1996.

(Parte de uma uma temática investigativa retirada dos relatórios de Estágios I e II- Educação Infantil/Anos Iniciais do curso de Pedagogia da Ulbra/Canoas-RS no ano de 2006/2007 e apresentado no Seminário Integrador para a conclusão das disciplinas.Hoje este artigo faz parte de um material de apoio ao Projeto "Era uma Vez...O Prazer de contar e ouvir histórias!")

“Todo conhecimento começa num sonho. O conhecimento nada mais é que a aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada. Mas sonhar é coisa que não ensina. Brota das profundezas da terra. Como mestre só posso então lhe dizer uma coisa: Conte-me seus sonhos para que sonhemos juntos”.(Rubem Alves)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

CONTANDO HISTÓRIAS – A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL

"Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelos personagens, com a idéia do conto ou com o jeito de escrever de um autor e, então, poder ser um pouco cúmplice deste momento de humor, de brincadeira, de divertimento" (FANNY ABRAMOVICH)
INTRODUÇÃO
O convívio com a narração de histórias e o contato com personagens variados acompanha o ser humano desde o seu nascimento. Através dos acalantos de ninar, toda criança ouve histórias e recebe isto como algo que lhe é dado para produzir prazer, tranqüilidade e que vem sempre acompanhado de bons sentimentos. A sistematização desta linguagem na forma de textos e imagens, que constitui a Literatura Infantil, é assim uma extensão destas situações e, dessa forma, interfere diretamente na formação da personalidade de cada um.
A partir do momento em que a criança amplia seu círculo de convivência, particularmente na escola, trabalhar com Literatura Infantil deve, obrigatoriamente, levar este aspecto em conta. No entanto, quero iniciar fazendo um questionamento :é isto o que realmente acontece? Ao contar histórias para as crianças, os professores, estão conscientes desta importância e adequadamente preparados para conferir a este ato sua plena dimensão?
Vamos pensar um pouco nestas perguntas e amanhã continuarei este texto!
Abração
Vera Rigo
(Parte de uma uma temática investigativa retirada dos relatórios de Estágios I e II- Educação Infantil/Anos Iniciais do curso de Pedagogia da Ulbra/Canoas-RS no ano de 2006/2007 e apresentado no Seminário Integrador para a conclusão das disciplinas.Hoje este artigo faz parte de um material de apoio ao Projeto "Era uma Vez...O Prazer de contar e ouvir histórias!")